terça-feira, 16 de abril de 2019

Tem alguém aí?

Acordei atrasada para uma aula em que eu não poderia ter atrasado. Porque eu atrasei em todas as outras e, né, fica feio. Passei na farmácia, comprei um Nimesulida para tentar aliviar os sintomas de uma inflamação na garganta e peguei um ônibus rumo a universidade.
Enquanto estava no ônibus, eu pensava se haveria alguma forma de curar a minha impontualidade nata. Será que a hipnose seria capaz de curá-la? E, de repente, lembrei que alguém disse que eu deveria escrever um livro. Certamente eu não saberia por onde começar ou como estruturar. Minha forma de organizar as coisas é uma bagunça, o que é um reflexo do meu eu interior.
E aí eu pensei que eu não só não escrevi um livro, como também parei de ler livros que não sejam vinculados a vida acadêmica. Parei de ler por prazer. Parei também de ir aos meus lugares favoritos que eu tanto adorava e percebi que a minha vida andava insossa demais. De repente, com um por centro de bateria no celular, me bateu uma vontade imensa de escrever. O ônibus trepidava e eu não poderia rabiscar no caderno.
A única alternativa possível: Desci no próximo ponto e peguei um ônibus em direção ao trabalho, para ter acesso a um computador e assim colocar pra fora todas as histórias que eu deixei de contar. E olha que eu sempre tive um monte de história pra contar. Estou de volta.

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